A criança pede para comprar tudo que vê pela frente. E agora?

A criança pede para comprar tudo que vê pela frente. E agora?

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Imagina a cena: loja de brinquedos, lotada. Você foi comprar presente para uma festa de aniversário, mas sua criança (adivinha) quer um presente também.

Ou ainda: fila do caixa do mercado e a gôndola exatamente posicionada com balas de goma e carrinhos! Pensou no mesmo que eu?

Se sua criança já aprendeu a pedir (e a ganhar o que pede vez ou outra), chegou a hora de começar a educação financeira com combinados financeiros. E como fazer para dar certo?

1. Atue na previsibilidade: a criança precisa saber o que vai acontecer para saber como agir na hora do desafio.

O combinado ruim é assim: “não vamos comprar brinquedos no parque”.

O combinado que dá certo descreve etapas: “nós vamos sair de casa, chegar ao parque, andar de bicicleta. Lá, teremos tempo para o lanche e você poderá tomar um sorvete. Não vamos comprar brinquedos porque o passeio hoje é para andar de bicicleta”.

2. Permita que a criança tenha voz: um combinado autoritário é ordem, não negociação. Então, permita que a criança dê ideias, sugestões, também fale sobre seus sentimentos e vontades para que a família pondere o que pode ser acatado.

3. Ofereça escolhas dirigidas: ao perguntar o que a criança acha e o que ela quer fazer, ela pode dar ideias não factíveis, afinal, não sabe os limites financeiros possíveis. Então, ofereça opções dentro do orçamento. Assim:

“Lá, teremos tempo para o lanche e você poderá tomar um sorvete ou um açaí. Qual prefere?”

Estas dicas certamente farão os combinados terem um índice muito maior de sucesso. Mas, e se, ainda assim, não der certo e a birra vier?

Então vocês precisam acolher o choro, a frustração e conduzir diálogos, buscando referências positivas. É assim que o aprendizado a médio prazo acontecerá. 

No livro Meu poderoso cofrinho, por exemplo, a personagem Dedé queria comprar todos os balões no passeio ao parque e, na recusa, ficou frustrada e chateada. Porém, ao entender o ciclo do dinheiro e como devemos poupar para gastar com consciência, sua próxima ida ao parque ficou muito mais tranquila (e econômica!).

Ler com a criança possibilita que o assunto, que antes estava no campo desconhecido, venha para o âmbito do lúdico e se torne um real aprendizado. Então, vamos brincar de livro?

Conheça os livros de educação financeira “Meu poderoso cofrinho”, para crianças de 3 a 7 anos, e “Minha mesada pode mais”, de 7 a 12 anos, para saber como começar a educação financeira saudável da sua família. Complemente a leitura conversando sobre cosumo, consumismo e gratidão com o livro “O valor das coisas”, leitura indicada a partir de 3 anos.


Com carinho,

Fernanda
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